A dependência da Ford em relação ao T era tal que o substituto não estava pronto.
Não foi nada fácil convencer o Henry de que era preciso atualizar se.
Coube ao filho Edsel enfrentar as objeções do pai, como o fim da transmissão planetária operada por pedal - para mudar as marchas no T, usava- se um difícil sistema de pedais, enquanto o Modelo A seguia o mercado, com alavanca no assoalho. Dizia se que Edsel era o verdadeiro apaixonado por carros e que Henry só gostava mesmo do T, que julgava perfeito.
Após 250 milhões de dólares, um assombro para a época, o Modelo A foi apresentado em Dezembro.
Havia filas para ver o A, cerca de 10 milhões de pessoas foram visitar as revendas Ford.
Usava motor de quatro cilindros de 40 cv, freio nas quatro rodas e amortecedor hidráulico, além de um inovador pára-brisa laminado. Com o pedal do acelerador, que aposentava a alavanca sob a direção do T, ele ia a 100 km/h, em vez dos antigos 72 km/h
. O consumo mantinha se em 8,5 km/l e os preços eram equivalentes.
Nos seus quatro anos, o Ford A cumpriu a tarefa de substituir o carro que mudou a América - e o mundo. Com quase 5 milhões de veículos, ele provou a Henry a tese do filho Edsel: que o cliente não era tão apegado ao T quanto ele e que a Ford podia ser moderna e ao mesmo tempo acessível para se manter líder.
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